Meu muito
amado filho Estêvão
Outro dia
alguém que eu admiro muitíssimo escreveu-me um email acerca deste blog e
disse-me “Acho que é moralmente demasiado exigente com o que escreve”…. Eu
concordo totalmente. Sou mesmo. Há uma frase que define o que aqui escrevo…
“Dispara para as estrelas pode ser que acertes na lua!”… é isso mesmo eu
disparo para as estrelas com exigências moralmente elevadas para chegar à lua
que não é bem bem lá em cima mas é onde a nossa felicidade encontra também a
dos outras sem prejudicar ninguém… com moral e princípios, sem nos enganarmos
nem enganar ninguém. Quem dispara só para a árvore não sairá da relva … e isso
é baixo demais…
Hoje vou
partilhar contigo um texto que li ontem no blog chamado “A GAJA”… a linguagem
não é a que eu use ou goste tão pouco mas o assunto é tão “nojento” que merece
bem a conversa com palavrões e linguagem de baixo nível.
O texto é
sobre homens que vivem à conta de mulheres… uma situação que te falo aqui como
mãe que tem obrigação de te educar para a moralidade e como mulher que já
esteve do outro lado “fui uma mulher que já sustentou um homem”… e não gostei
nada, aliás detestei, senti-me usada, senti-me muito usada, muito enganada …
como uma expressão que já usei aqui senti “o ladrão mais honesto é aquele que
avisa o assalto “isto é um assalto!” e não o que se rodeia de palavras, beijos,
abraços e sorrisos e por trás rouba, engana, mente!”
Falo-te
deste assunto porque tenho obrigação de te dizer que como tua mãe não poderia
jamais aceitar que tu fosses o abusador numa situação destas, não conseguiria
viver com isso de maneira nenhuma (NENHUMA) e por isso te falo disto.
Sabes eu
acho que as vezes quando uma “coisa” é tão longe de nós que nós nem acreditamos
nem reconhecemos os sinais e acreditamos… por exemplo eu nunca copiei na escola
e hoje como professora tenho muita dificuldade em detectar alunos a copiar,
como para mim trabalhar é o normal da vida, como pagar as minhas próprias contas é o normal da vida, como partilhar
a vida com verdade faz parte do meu mundo do meu normal nunca pensei que
houvessem pessoas que conseguem viver sem trabalhar simplesmente porque sim e que conseguem
viver as custas de outros e conseguem dormir com isso na cabeça, como nunca conduzi
alcoolizada nem sequer desconfio que alguém possa beber e conduzir…. são coisas tão longe de mim que não reconheço, não pensava que pudessem acontecer.
Tudo na vida
é aprendizagem, tudo na vida é crescer e até o que se passou comigo foi
aprendizagem!!… Durante muito tempo tive até vergonha de mim e de como alguém me havia feito passar por isso, hoje entendo que
eu fiz o que estava na minha natureza fazer, que é partilhar, dar, dividir com amor e sem desconfiar, dar-me totalmente… e
como digo sempre as ações ficam com cada um … e as minhas comigo ficam. Lição aprendida.
Mas como mãe
te digo, lê o que esta em baixo e entende que tu és do bem, é no lado do bem
que deves sempre SEMPRE ficar … não te deixarei sair desse caminho pelo amor que te
tenho.
Como mulher
te digo… por Deus que te deu a vida, pela tua mãe que te trouxe para este
mundo, pela tua avó, tias, primas, amigas e todas TODAS as mulheres do mundo
…. As mulheres são para respeitar e só para respeitar e são tuas iguais e
sempre as trates assim com amor, respeito… e que o sol não nasça nunca no dia
em que viveres tolerando fazer mal, mentir, enganar, abusar de uma mulher.
“O PELINTRA CHIQUE
Se me dissessem, há uns anos, que havia gajos que vivem à
conta de gajas, eu responderia: "vai mas é gozar com o caralho!".
Entretanto cresci, a minha linguagem refinou-se (não, não é
verdade) e fui vivendo, conhecendo pessoas. Algumas assim-assim, outras
espectaculares e diversos escroques (mal-caracter, mentirosos, aldrabões). É
nessa categoria que se insere o pelintra chique.
É preciso que vocês
percebam o contexto: a minha mãe sempre foi dona de casa (daquelas que acorda
às sete, limpa a casa toda, dá de comer à canalha (filhos) e ao marido, às
galinhas, porcos e afins e ainda vai para o tanque esfregar roupa) e o meu pai,
com quase 70 anos, ainda trabalha. Ócio e inutilidade são coisas que me
encanitam (não entendo, não aceito).
Ora, como estava eu a
dizer, o conceito de um gajo que vive às custas de uma gaja sempre me
incomodou. E mesmo agora, que conheço alguns, não consigo deixar de ter
desprezo por estes projetos falhados de homem.
E não estou a falar
de homens que ficaram desempregados e, infelizmente, têm de depender do salário
das mulheres durante o período em que estão desempregados. Estou a falar dos “artistas”,
dos eternos estudantes, dos desempregados crónicos que nunca levantaram o
cagueiro (rabo… na versão do norte cu!) do sofá para procurar trabalho.
Os eternos “cravas”
(estão atras de favores, de pedidos, os pedinchas), de copos, cama e poiso, que
escolhem as namoradas consoante a conta bancária. "Tem carro e casa perto
do centro? Casa de férias no algarve? Ui, bora lá!"
Gajos que moldam a
sua personalidade à das gajas que querem conquistar, que lhes montam uma teia
de tal forma bem urdida que quase os faz parecer bons rapazes.
Chicos-espertos, que
debaixo de uma máscara de porreiraços de bonzinhos, são peritos em manipular
emoções, em distorcer a verdade. Em colocarem-se no lugar de vítimas, de crias
frágeis de quem é preciso cuidar.
E as mulheres...já
sabem como é. Acham sempre que vão ser elas que os vão conseguir mudar.
E depois há outros,
mais subtis, que têm um emprego no qual empregam o mínimo esforço. Esses são os
mais espertos. Os que sacaram uma gaja com posses, de preferência oriunda de
uma família abastada. Uma gaja que lhes dê acesso a tudo aquilo que eles
invejavam nos meninos betinhos (finórios, riquinhos, armados em ricos) com quem
andaram na escola.
Assim que alcançam o
seu objetivo, agarram-se com unhas e dentes ao luxo, às viagens, aos brunchs,
ao status, aos brinquedos. E nem sempre à mulher. Porque estes gajos sabem
escolhê-las. Escolhem as mais inseguras, as frágeis, as dependentes, as que
viram naquele despenteado um ato de rebelião contra a família. Ficam tão
encantadas com estes palermas que nem percebem que, muitas vezes, eles andam a
montar outras por fora.
O pelintra chique é
um eterno insatisfeito. Acha que o mundo, que o castigou de alguma forma, lhe
tem uma dívida. E essa dívida vai ter de ser paga. De preferência com o cartão
de crédito da mulher.”
By: A GAJA (https://www.facebook.com/agaja?fref=ts)
“O perdão não se deve
banalizar
Perdão é um caminho
Arrependimento não
significa perdão
Perdão é sempre
acompanhado de arrependimento e de reposição do mal feito.”
Amo-te infinitamente
Tua mãe
Adorei. Muito bom.
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