Meu muito amado filho
Estêvão hoje deixo-te para leres dois textos que talvez não tenham nada a ver
um com o outro mas que aqui te deixo para leres e pensares neles
“Hoje em dia existe muito
medo de tomar decisões definitivas, como a decasar-se, pois as pessoas consideram impossível manter o amor vivo
ao longo dos anos. O Papa Francisco fala
deste tema e nos convida a não nos deixarmos vencer pela "cultura do
provisório", pois o amor que
fundamenta uma família é um amor para
sempre.
O que entendemos por
"amor"?
Com a sabedoria e a
simplicidade que o caracterizam, o Papa Francisco começa com um importante
esclarecimento sobre o verdadeiro significado do amor, já que, diante do medo do "para
sempre", muitos dizem: "Ficaremos juntos enquanto o amor durar".
Então, ele pergunta: "O
que entendemos por 'amor'? Só um sentimento, uma condição psicofísica?
Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se o amor é
uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por
exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do
outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que
vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro,
o amor que
vem de Deus."
"O matrimônio é
um trabalho de ourivesaria que se constrói todos os dias ao longo da vida. O
marido ajuda a esposa a amadurecer como mulher, e a esposa ajuda o marido a
amadurecer como homem. Os dois crescem em humanidade e esta é a principal
herança que deixam aos filhos", acrescenta.
Três palavras mágicas
para fazer o casamento durar
O Papa esclarece
que o "para sempre" não é só questão de duração. "Um casamento não
se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos
e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos."
E fala sobre a convivência
matrimonial: "Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e
fascinante (...) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três
palavras: 'posso?', 'obrigado' e 'desculpe'".
"'Posso?' é o pedido
amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não
se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia:
'A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor'. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo
amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia."
"Obrigado': a gratidão
é um sentimento importante. Sabemos agradecer? (...) É importante manter viva a
consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se
'obrigado'. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados.
É preciso saber dizer 'obrigado' para caminhar juntos."
"'Desculpe': na vida
cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de
utilizar esta palavra tão simples: 'desculpe'. Em geral, cada um de nós está
disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem
de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir
desculpa. Também assim cresce uma família cristã."
Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: "Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita...".
Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: "Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita...".
E conclui: "Existimos
nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um
dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se
aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará,
seguirá em frente."
“Deparei-me com este texto,
que me fez pensar e sorrir… Quantas vezes nos envergonhamos dos nossos defeitos
e não vemos o que esses mesmos defeitos permitem fazer/ acontecer se forem bem
aproveitados.
O desafio que lhe lanço é:
que tal experimentar olhar para os seus defeitos (todos os temos) de um modo
diferente? Quais serão as flores que a sua rachadura permitirão regar
“O POTE RACHADO
Um carregador de água na
Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual
ele carregava atravessada em seu pescoço.
Um
dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava
cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote
rachado chegava apenas pela metade.
Foi
assim por dois anos, diariamente. O carregador entregando um pote e meio de
água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas
realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e
sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele
havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma
falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço:
-
Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.
-
Por quê ? Perguntou o homem. De que você está envergonhado ?
-
Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga,
porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da
casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse
trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O
homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
-
Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao
longo do caminho.
De
fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores
selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo.
Mas
ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e
de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:
-
Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado ? Eu, ao conhecer o seu
defeito, tirei vantagem dele. Lancei sementes de flores no seu lado do caminho,
e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude
colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se você não
fosse do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua
casa. Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos
potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos
para embelezar a mesa de seu Pai. Na grandiosa economia de Deus, nada se perde.
Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os conhecermos, eles poderão
causar beleza.””
By:
Susana Areal
Amo-te
infinitamente
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