Meu muito amado filho Estêvão
"Muitas vezes não percebemos porque determinadas pessoas saem da nossa vida. Por motivos que às vezes desconhecemos e nos questionamos com porquês, há pessoas que nos deixam de falar, que não nos apoiam nos momentos que precisávamos, que nos fazem coisas que não esperávamos. E muitas vezes quando estas situações acontecem, sentimos dos mais destruidores dos sentimos: a rejeição. Sentimos que afinal não éramos tão importantes como julgávamos, não conseguindo perceber muito vezes, o que fez mudar a pessoa que partiu da nossa vida e que nos despoletou o sentimento de rejeição. Mas no fundo, sentir a rejeição passa por ser uma escolha nossa, porque ninguém em si tem a capacidade de rejeitar o outro verdadeiramente. Nós é que atribuímos ao afastamento, o sentimento de rejeição, quando não estamos suficientemente bem na nossa pele e estamos vulneráveis. Por muito que nos custe, há motivos e porquês que nunca vamos descobrir nem perceber. Há pessoas que partem da nossa vida, porque talvez não façam parte do presente da mesma. Se existiram na nossa história passada, tiverem a sua missão e função, se agora escolheram não fazer parte de nós, só temos de aceitar com liberdade e respeito pela escolha do outro. Se não fazemos parte da vida de alguém, é porque esse alguém também não faz parte da nossa. Nunca sabemos com quem a vida nos vai presentear na nossa vivência humana. Acredito que os antídotos para a rejeição serão o amor por nós, o respeito pela escolha dos outros, não procurar porquês sem resposta e aceitar que se a pessoa partiu da nossa vida, é porque assim tinha de ser, sem ódios, porque aquilo com que nos alimentamos mesmo em relação a outros, é aquilo com que vamos viver e colher em nós. Rejeição não, aprendizagem, amor e aceitação, sim!"
By: Diana Gaspar Duarte
Amo-te muito
Tua mãe
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