segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

135 - Educar um filho

Meu muito amado filho

Dar conselhos sobre educação de bebes é o que os recém-papas mais recebem quando o bebe nasce e vais ver que pode ser muito muito confuso.

Tu ainda és o meu bebe (alias serás sempre) mas deixo-te aqui alguns conselhos para quando tu fores o papa.

Nunca (nunca mesmo) se deve andar nu ao pé de uma criança. Não é esconder ou ser tabu é para que ele/ela se habitue a que a nudez não é "normal" deve ser reservada.
Nunca se toma banho com um bebe. Alias nunca nenhum adulto deve tomar banho com um bebe... pela mesma razão anterior. O banho do bebe é o banho do bebe o do adulto é o do adulto e ponto.
Quando te falarem do método de Estivill e que os bebes tem é que chorar muito e adormecer sozinhos... manda todos passearem. Nenhum bebe deve chorar sozinho se não não tinha pais. Não é natural um bebe chorar sem parar horas e os pais nada fazerem. Prejudica gravemente alguns pontos do desenvolvimento e do carácter das crianças. Como diz a tua pediatra: é em bebe que se dá colo. Os bebes tem de aprender a dormir sozinhos mas com confiança e com muito amor. Se o teu filho chora. Não o deixes sozinho. Nunca.
Chucha. É para os pais e não para os bebes. É tão bom não estragar a boca é tão bom não cair a chucha e o sono ser seguido. Faz o que entendas. Se os bebes fossem para ter chucha os cachorros também tinham.
Dá muito amor, muito colo, muito mimo ao teu filho mas acima de tudo educa pelo exemplo. Dá o teu exemplo mostra como vives como é o teu carácter e ele vai te imitar.
O teu filho que mame o mais que possa vai receber amor e anticorpos no estado liquido e vão fazer toda a diferença na vida adulta dele.
Se não gostares do carnaval, do natal, de ir a praia, de ir à neve, ou se ler... não transmitas essas tuas barreiras para o teu filho. Se não gostas de carnaval mostra-lhe como este pode ser divertido e deixa-o ser ele a decidir no futuro.

Amo-te demais luz do meu céu



Tua mãe

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

134 - Acompanhar uma pessoa doente


Meu muito amado filho
Se algum dia a pessoa que está ao teu lado te disser que esta doente, mas doente a sério. Se te dizer por exemplo que tem cancro, ou Alzheimer por exemplo. Vais ficar muito assustado, vai-te apetecer culpar a pessoa que está a tua frente exatamente por causa desse teu medo.
Tem calma.
Pensa comigo, estar doente é em si só muito desagradável. Ninguém gosta de estar doente. Imagina estar doente e não controlares o teu corpo, o curso da doença. Imagina que a pessoa que está à tua frente tinha como tu, planos para o resto da vida, queria ler livros, ver vários pôr-do-sol, queria rir e chorar, viajar, queria fazer-te feliz e tem (ou poderá ter) uma vida mais curta e de menor qualidade do que o que esperava. Imagina como é assustador ter dentro de si uma doença que te mata se não for debelada.
Vai ser assustador dar-te a notícia, vai ser assustador pensar em tudo o que vai perder, vai ser assustador pensar em quem cá fica.
Normalmente esse sentimento (e muita medicação) levam a um grande mau estar, normalmente quem “paga” é quem esta mesmo ali…. Ou seja muito provavelmente tu. Se o bife esta bem passado é porque está horrível, se o volume da televisão está alto isso é um drama, se vais sair e não fazes companhia é porque sais, se ficas é porque não dás espaço, se não surpreendes não amas, se surpreendes não devias gastar dinheiro, se sim é porque sim se não é porque não… nessa altura tens dois caminhos…. Zanga-te, chateia-te e bate com a porta … e vais ter de viver com essa escolha (pode não ser a maneira errada mas pensa se é a tua maneira) … ou ficas e entende que o “problema” não és tu ou falta de amor por ti… o “problema” é a falta de controlo, é o medo de te perder, é o receio de falhar, é a raiva de desiludir.
Imagina saber que vais morrer (todos vamos, é verdade) mas imagina que sabes a data exata que vais morrer e que esse dia está cada dia mais perto e tu queres mais tempo, mais vivencias, mais amor… queres fazer entender que a tua vida só faz sentido quando vivida com a outra vida…. Mas sai tudo ao contrário … tudo… sai tudo mal tudo torto …. E não é nada assim… cada beijo não dado é um milhão que ficou no coração.
Acho que de todas vivências a dois a doença é a que mais testa o amor… se tu pensares no mal-estar físico que é estar doente junto com trabalho e desejo imenso de melhorar … há um imenso universo de falta de paciência que muitas vezes funciona ao contrario… deveria pedir “abraça-me e não me soltes mais”, “beija-me como se não houvesse amanha”, “ajuda-me a não ter de trabalhar tanto”, “não esperes que eu vá ter contigo… vem tu….” Tudo isto sai na sua maioria exatamente ao contrário por um medo aterrador e incontrolável.

Provavelmente nunca ninguém te vai dizer isto com esta clareza… eu sei eu sou a pessoa que está doente. Eu sei.

Amo-te muito


Tua mãe

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

133 - Arroz doce

Meu muito amado filho
Arroz doce é opimo e é sempre uma receita boa para fazeres para ti e para quem tu gostes.



ingredientes:
250g de arroz
Sal q.b.
350g de açúcar
1litro de leite
Casca de 1 limão
2 saquetas de pudim mandarim
Canela q.b.

preparação:
1.Coza o arroz em bastante água temperada com sal.
2.Aqueça o litro de leite com a casca e o açúcar e mexa. Retire um pouco deste leite e reserve.
3.Escorra o arroz e junte ao leite e deixe ferver uns 5/10 minutos
3.Adicione ao leite reservado as duas saquetas de pudim mandarim e triture com a varinha mágica e junte ao arroz.
4.Mexa bem e apague o lume quando o arroz doce estiver a ficar muito preso.
5.Disponha em tacinhas ou numa taça rasa e no fim de arrefecer coloque canela a gosto.         



1052 - Carta a um filho de um pai (que não sou eu mas podia ser)

 Meu muito amado filho Estevão  Hoje do escritor Pedro Chagas Freitas [carta ao meu filho] Promete-me. Promete-me que vais tentar. Que vais ...