quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

648 -Ver .... antes de um primeiro encontro !

Meu muito amado filho Estêvão

Não te vou dizer que tive sorte ou azar nos meus relacionamentos amorosos porque não existe isso de sorte ou azar nesse assunto.
Tive sim muita falta de inteligencia em perder aqueles que não deveria ter perdido e ficar com alguns que de maneira nenhuma deveria ter ficado.
Foi falta de inteligencia emocional minha, foi seguir o coração e não pensar, foi confiar quando só se deve confiar no que se conhece.

Hoje tenho 43 anos hoje estou pronta para começar tudo de novo. Hoje eu sei exactamente o que quero e o que não quero e o que me faz levantar de manha e o que me põe um sorriso nos labios, o que me faria de novo ansiar pelo telefone a tocar ou por aquela mensagem. Hoje eu sei, hoje eu adquiri essa inteligencia.
É provavelmente muito tarde mas que importa isso.
Não sei se serei a pessoa certa para te falar de relacionamentos (treta, não sou mesmo a pessoa certa!) mas fiz tantas coisas erradas que pelo menos posso chamar te a atenção para os caminhos a não seguir.

Cruzei me com este filme não há muito tempo e achei a ideia brilhante.
Antes do luz da paixao te cegar para quem é mesmo a pessoa que tens à tua frente, faz lhe perguntas, conversa, conversa mesmo e ouve as respostas para ouvir mesmo não para responderes. Para ouvir.

Antes do teu primeiro encontro ve isto


Experimenta estas:
1. Who has been the biggest influence in your life? 
2. What kinds of things really make you laugh? 
3. What’s your favorite place in the entire world? 
4. Who is your best friend? What do you like about him/her? 
5. Favorite movie of all time? Why so? 
6. What’s your biggest goal in life right now? 
7. What is your favorite way to spend a Saturday? 
8. Do you have any pet peeves? 
9. What was your family like growing up? 
10. What were you like as a kid? 
11. What should I know about you that I’d never think to ask about? 
12. Did you—or do you—have a nickname? What’s the story behind it? 
13. Who was your favorite schoolteacher or college professor? Why? 
14. Have you figured out your calling in life? What is it? 
15. What do you hate most about the dating process? (Tell me so I can avoid it!)
16. What do you do, and how long have you been doing it?
17. Where are you originally from?
18. Where did you go to school?
19. What was your major?
20. Where exactly do you live in [insert your city or town here]?
21. What do you like to do when you’re not working?
22. Are you more of a TV person, or do you prefer movies?
23. Depending on the above answer, ask what they’re watching, or what they’ve seen lately.
24. What type of music are you into?
25. Have you travelled anywhere cool lately/do you have any trips coming up?
26. Have you read any good books recently?
27. Are you a cat person or a dog person?
28. If you could only eat one thing for the rest of your life, what would it be?
29. Do you have any nicknames?
30. If you won the lottery tomorrow, what’s the first thing you’d buy?
31. Do you have any siblings?
32. If you could be any person for a day, who would it be?
33. What’s your biggest pet peeve?
34. Coffee or tea?
35. Where else would you consider living?
36. Are you as tired of KimYe as I am?
37. Do your parents still live in the house you grew up in?
38. What’s on your bucket list?
39. Are you a morning person or a night person?
40. Do you ever cook?
41. Do you like your job? What do you want to do next?
42. What’s your social life like? Do you have a big group of friends?
43. Do you consider yourself career-driven?
44. What are you most passionate about?
45. When’s your birthday?


Amo-te perdidamente

Tua mãe




terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

647 - Os nuncas desta vida

Meu muito amado filho Estêvão


Nunca prometas nada quando estiveres feliz, não respondas nada quando estiveres irritado e não decidas nada quando estiveres triste.
Isto vale para tudo na vida para tudo mesmo!

Vai dormir e resguarda-te no silencio.
Se mesmo assim não passar, reza.

E vive feliz!

Amo-te infinitamente

Tua mãe


domingo, 25 de fevereiro de 2018

646 - A verdade nua e crua

Meu muito amado filho Estêvão, ao longo da vida, aprendemos uma variedade de verdades difíceis que ninguém quer enfrentar. No entanto, quanto mais cedo percebamos essas coisas e as aceitarmos, melhor.

1. Começamos a morrer no dia em que nascemos.
Queiramos admitir ou não, no dia em que nascemos, começamos a morrer. Cabe a nós aproveitar ao máximo o nosso tempo enquanto estamos aqui.

2. A vida não é justa.
Os bons não ganham sempre, nem sempre seguirão o caminho, e é exatamente assim.

3. As pessoas nem sempre vão ser boas e simpáticas.
Não importa o quão bom eu sou com o carteiro, isso não significa que ele será bom de volta, mas isso também não interessa nada.

4. Eventualmente, perderemos todos e tudo o que amamos.
E isso pode soar como o fim do mundo, mas é apenas um outro aspeto da vida.

5. Coisas más acontecem com pessoas boas.
Às vezes, os bons morrem jovens, os homens mais fortes perdem e os que estudam falham.

6. O dinheiro não consertará nada.
Não importa quanto dinheiro tenhas ou quantas posses tenhas nesta vida, o dinheiro não te trás educação, caracter, saúde e amor.

7. Ninguém é perfeito.

8. A mudança acontecerá.
Quando menos esperamos, as coisas serão viradas de cabeça para baixo, e o mundo exigirá um curso de renavegação.

9. Nunca vais conseguir deixar todos felizes.
Não importa o quanto faças, alguém não vai ficar feliz com teu trabalho árduo. Mas nada disso importa, continua a trabalhar e a fazer o melhor que sabes e consegues, por ti e por ninguém mais.

10. As tuas palavras não significam nada.
Mas tuas ações significam tudo.

11. Perseguir a felicidade nunca funcionará.
A verdadeira felicidade vem quando estamos no caminho certo, não quando estamos tentando por isso.

12. Nosso tempo é mais precioso do que qualquer coisa.

13. As coisas nem sempre serão como esperamos.
E tudo bem.

14. As coisas horríveis vão acontecer.
Mas não será o fim do mundo.

15. Vamos perder muito antes de vencer.
Realizações significam muito trabalho e perseverança. Ninguém chegou à linha de chegada na sua primeira tentativa.

16. Ninguém pode pode comprar a felicidade.
Tu nunca vais poder comprar a felicidade, em vez disso, a felicidade vem quando vivemos  as nossas vidas corretamente para com o nosso espírito.

17. As pessoas vão apunhalar te pelas costas.
Quando tu menos esperares, alguém com quem te preocupas vai te fazer mal. Isso é mais que certo.

18. Os tempos mudam.
Nada permanece o mesmo.

19. As pessoas mudam.
Ao contrário da crença popular, as pessoas mudam e, às vezes, mudam para pior.

20. A felicidade não é o seu destino final.
Na verdade, nenhum lugar é. Estamos constantemente a mudar.

21. Tu jamais vais recuperar o tempo desperdiçado.
Nunca.

22. Se tu quiseres viver confortavelmente, vais precisar sempre fazer algo produtivo.

Para ser feliz nesta vida, precisamos de algo que mereça o nosso esforço, um propósito para nos mantermos vivos. Sempre.


Amo-te infinitamente
Tua mãe

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

645 - Porque é que me zango e porque é que não posso permitir a preguiça

Meu muito amado filho Estêvão


Quando me dizes: "Quero dormir mais!", "Hoje não quero ir a escola!", "Porquê tantas regras? Deixa-me fazer o que me apetece!"

Eu não posso deixar. Não posso tolerar a vida sem regras, a vida sem esforço e a vida sem trabalho. Simplesmente não posso e nunca vai acontecer.
Não vai acontecer por duas razões.
Primeira, porque te amo profundamente e por isso mesmo sei o que é melhor para ti e o melhor para ti agora (e sempre) será estudar, trabalhar, acordar cedo, ser útil, sentires que pões a render os talentos que recebeste de Deus. O trabalho não é uma "chatice" o trabalho é fundamental para levarmos a vida para a frente para sermos para nós e para os outros, para teres a tua vida digna. Repara eu não estou a falar em ser "rico" estou a falar em progredir, em ser melhor, em superação, estou a falar em estudar, em trabalhar em ganhar o nosso sem pisar ninguém, sem explorar ninguém, com sabedoria paz e felicidade. A felicidade é mesmo esse caminho o caminho do hoje saber mais que ontem, do hoje poder ajudar mais que ontem do hoje andar para a frente!
Segunda razão, a minha mãe a tua avó ainda hoje trabalha, trabalha porque o trabalho engrandece, porque nos faz bem porque nos completa e preenche, a tua tia Inês fartasse de trabalhar, o teu tio João também, o teu padrinho, a tua madrinha, todos os que contigo convivem. Eu, tua mãe acordo ainda de noite para fazer sopa, para preparar almoços e jantares, para passear a cadela para arrumar a casa para te levar a escola para estar as 8 em ponto a trabalhar para não ter tempo para almoçar porque nesse tempo se tem de ir aqui e ali para depois continuar a trabalhar e a estudar e para ainda ter tempo de ir a correr ler historia, brincar e trabalhar mais porque há pessoas que precisam de nós.

Quando tu me vês, vê uma pessoa que escolhe diariamente, confirma diariamente o amor por ti trabalhando muito mais do que o corpo aguenta para que nunca falte para a tua roupa, para a tua escola, para os teus livros, para o cinema, para comer, para passear, para as ferias, para cada um dos passeios maravilhosos que fazemos, para quando um dia quiseres tirar a carta de condução, ou ir estudar para londres, ou comprar um piano ou viajar durante um ano ou o que seja.

Nunca glorifiques a falta de caracter de quem explora alguém e não trabalha. Não é pelos outros é mesmo e totalmente por ti e para ti.

Deixo te aqui um texto que encontrei de como neste mundo com trabalho e coração bom tudo se faz. Tudo.

Amo-te infinitamente.


Tua mãe.

"Uma história de superação
Ainda no primário, quando o único sapato do ano rasgou e os coleguinhas viram o plástico que cobria o buraco na sola, ela chorou ao contar para o pai que recebeu chutes no pé, e, quieta, enfrentou as risadas. 
Já adolescente, ouviu da mãe de uma colega de turma que, por ser negra, deveria subir no prédio para a visita pelo elevador de serviço. Não chorou. Mas foi embora. 
Aos 14 anos, quando começou a Faculdade de Química na Unicamp, em Campinas, morou sozinha num pensionato e dormiu muitas noites com fome. 
Desistir nunca foi uma opção. Filha de uma empregada doméstica e de um funcionário de um curtume em Franca, no interior de São Paulo, Joana D’Arc Félix de Sousa, de 53 anos, saiu de uma das mais conceituadas universidades do país com mestrado e doutorado. 
Ganhou asas e partiu para os Estados Unidos. Aos 25 anos, era PhD em Química pela Universidade Harvard.
Por conta de problemas familiares, os planos de uma carreira americana foram interrompidos em 1999, quando precisou voltar ao Brasil. 
Desde 2004, faz pesquisa de ponta com alunos da Escola Agrícola de Franca, onde é professora e coordena o curso técnico de curtimento. 
Correu atrás de bolsas de iniciação científica para os estudantes e, com eles, registrou 15 patentes nacionais e internacionais. 
Quer mais? Ganhou 72 prêmios nas áreas de Química e Sustentabilidade.
Os seus inventos são feitos a partir de resíduos de curtume, processo que transforma pele em couro. 
Entre as suas inovações estão cimento ósseo para reconstituir fraturas; colágeno para o tratamento de osteoporose e osteoartrite; sapatos com antimicrobianos para combater micoses e rachaduras no pé; pele humana artificial para transplante utilizando sobras de pele suína; cinco fertilizantes; e até um sistema de filtragem de água aproveitando escamas de peixe.
— Passamos muita dificuldade, mas meus pais sempre acreditaram nos filhos (ela tem dois irmãos). Eles não tinham estudo, mas muita sabedoria para nos inspirar e incentivar. Meu pai sempre dizia que, se eu quisesse ser melhor do que aquele que me humilhava, tinha que estudar. Todas as dificuldades e humilhações só me ajudavam a ter mais força para vencer na vida. E mostro a meus alunos que é assim que eles podem vencer — diz Joana, emocionada.
As lágrimas, que ela conteve desde que o pai lhe deu a lição, hoje caem, incontroláveis, ao olhar para trás e ver o lindo caminho que construiu.
Essa história de superação começou quando Joana tinha apenas 4 anos e acompanhava a mãe no trabalho.
— Minha mãe era empregada doméstica. Para eu ficar quietinha, ela me ensinou a ler o jornal. Eu tinha uns 3 anos. Um dia, a patroa dela, que era diretora de uma escola do Sesi, me viu com o jornal e perguntou se eu estava vendo as figuras. Falei que estava lendo — conta Joana.
A patroa da mãe deu um texto para a pequena ler. Impressionada, propôs que Joana frequentasse a escola por uma semana. Se ela acompanhasse o ritmo, ganharia a vaga.
— E deu certo. Eu comecei a 1ª série do primário, atual ensino fundamental, com 4 anos. Minha mãe, que estudou apenas até a 4ª série, foi minha primeira professora — diz Joana.
Com 14 anos, passou para três universidades
Sempre muito estudiosa, ela concluiu o ensino médio e decidiu que faria Química, apesar de o pai sonhar com uma carreira médica para a filha:
— Morávamos numa casa nos fundos do curtume em que meu pai trabalhava. O químico usava uma roupa branca. Desde pequena, eu era apaixonada por aquele jaleco e dizia: “Quero usar um desses”. No 3º ano do ensino médio, uma professora me explicou o que era o vestibular e ofereceu apostilas de cursinho que haviam sido do filho dela. Eu estudei muito e passei para as três universidades estaduais de São Paulo: Unicamp, USP e Unesp.
Aos 14 anos, Joana, que nunca havia saído de Franca, decidiu ir para a Unicamp, em Campinas:
— Era um bicho do mato, mas nunca deixei minha timidez atrapalhar os meus planos.
Com a ajuda do pai e do patrão dele, ela foi morar num pensionato. O dinheiro dava só para o transporte e uma refeição por dia no bandejão da universidade:
— Guardava o pãozinho para ser o meu jantar.
As dificuldades e humilhações não provocaram em Joana qualquer traço de amargura:
— Passei fome, mas decidi que venceria. A educação é a arma mais poderosa para vencermos os obstáculos. Não temo o racismo, que sempre vai existir. Você vai receber muitos “nãos”. Mas quando ganhar um “sim”, faça o barulho que puder. O problema não pode ser maior que o nosso desejo, não pode nos paralisar. Se desistir, nunca vai chegar lá.
E Joana chegou. Até mais longe do que imaginou. 
Ao concluir o doutorado na Unicamp, teve trabalhos publicados em revistas científicas dos Estados Unidos, o que lhe rendeu um convite para o pós-doutorado em Harvard. 
Seu orientador sugeriu que a tese envolvesse um problema nacional. O pai deu a ideia de trabalhar com resíduos do curtume, passivo ambiental importante para Franca, um polo calçadista que gera 218 toneladas de resíduos por dia.
— Minha intenção era ficar nos Estados Unidos, mas quando estava com um ano e meio de curso, minha irmã morreu. Um mês depois, meu pai também teve um enfarte fulminante. E minha mãe ficou com a guarda dos meus quatro sobrinhos, então com 2 meses, 1, 8 e 9 anos. Terminei o curso e, em 1999, voltei para ajudar. Perdi o chão — conta.
A doutora fez concurso para a Escola Agrícola Técnica Professor Carmelino Corrêa Júnior, onde a maioria dos alunos é, como ela, de origem humilde. 
Levou para a sala de aula sua bagagem de pesquisa e conseguiu bolsas do CNPq e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para os alunos desenvolverem projetos. E reduziu a evasão escolar.
— Joana instiga o estudante a pensar. A escola passou a fazer pesquisa criando produtos. Além disso, ela mostra para a gente um mundo possível, por meio de muito esforço e trabalho. É inspiradora — conclui Cláudio Sandoval, diretor do colégio.
‘A estrela que dá o Norte para a família’
Para a sobrinha-neta Nicolly Neves, de 16 anos, Joana é mais do que isso:
— Ela é a estrela que dá o Norte para a família. Estudo com ela e participo do projeto da pele humana. Meu pai e meus tios também foram seus alunos. Ela nunca diz “isso é impossível”, por mais que uma ideia seja improvável. Quero seguir os seus passos e fazer intercâmbio na Coreia do Sul.
A ex-aluna Angela Ferreira de Oliveira, de 21 anos, hoje cursa faculdade de licenciatura em Química. Trabalhava numa fábrica de calçados o dia todo e estudava à noite. Com Joana, desenvolveu um processo de curtimento que usa, no lugar de produtos químicos tóxicos, vegetais como beterraba e cravo:
— Eu, que nunca pensei em sair de Franca, fui apresentar o projeto em feiras de ciências em Campinas e até nos Estados Unidos. Ganhei prêmios. Ela sempre nos faz acreditar que somos capazes. Joana mudou a minha vida.
A vida de Angela e as de muitos outros jovens.
JURADOS: Alan Gripp (Diretor de Redação); Ancelmo Gois, Ascânio Seleme, Merval Pereira e Míriam Leitão (Colunistas); e Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira (Presidente da Firjan)."

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

644 - Porque é que as vezes as mães choram

Meu muito amado filho Estêvão

Ontem viste-me a chorar e muito e ficaste triste e muito e perguntaste-me "porque choras mãe? tu não tens medo de nada!".

Não podias estar mais errado. Tenho medo de tudo tudo tudo. Desde que nasceste então tenho ainda mais.

Ontem não foi um dia bom mas ontem foi só a ultima gota que encheu o copo.
Ontem estacionei o carro mal, não cumpri o código da estrada e para ir a correr dar uma aula estacionei em cima do passeio. Não devia foi errado e veio o reboque e levou o meu carro. Fizeram bem, eu errei. Passado o primeiro momento em que não sabia do carro e pensei que me o tinham roubado o carro, lá o fui buscar a polica.
Atenção que eu sei que errei, ok? eu estava mesmo mal parada, nunca faço isso fiz ontem e não devia.
Enquanto esperava para ser atendida, os policias que com certeza ganham mal e tem mais trabalho do que deviam demoraram muito a atender e um senhor que lá estava antes começou a irritar-se e a falar alto e que não pagava que aquilo era a caça a multa etc etc etc... ninguem gosta de pagar 200 euros para levantar o carro. E o policia respondeu claro que estacionar mal dá multa esta na lei e a lei é lei e a lei é para cumprir e ele só la estava a cumprir a lei.

É certo é isso mesmo. Mas porque é só a "lei das multas de transito" que é para cumprir?
Porque é que a "lei" que um pais deve proteger os seus não é para cumprir?
Porque é que alguem paga impostos, contribuições é um cidadão de bem e vê pessoas "espertas" a safarem-se?! então a lei não é para cumprir?
Porque é que estudar e trabalhar com honestidade e verdade anos e anos e anos não dá lugar a um contrato de trabalho a alguma estabilidade ? não para trabalhar menos mas só para dormir mais calmo? então a lei não é para cumprir?
Porque é que os recasados não devem ter relações sexuais mas os padres da igreja podem mentir, enganar e falsear ? então a lei não é para cumprir?
Porque é que eu "tenha lá calma" e comigo é a lei é para cumprir?
Porque é que eu sempre fiz tudo pelo lado correcto e tudo é complicado? A lei não é para cumprir?
As pessoas adultas não tem de trabalhar de contribuir de se respeitarem de serem verdadeiras? e a lei não é para cumprir?

Foram todos estes pensamentos todo este peso que ontem por causa de uma multa de estacionamento porque sim ontem e só ontem eu não cumpri a lei e todos esses pensamentos vieram em turbilhão e sairam em muitas lagrimas.
E sim filho eu tenho medo, medo do que será a tua vida se não perceberes quem é do bem e quem é do mal, tenho medo que a mentira algum dia te pareça melhor que a verdade, tenho medo que o não trabalhar algum dia te parece mais apelativo, tenho medo que um dia aches normal enganar e mentir em tribunal, nas finanças, na segurança social, tenho medo que um dia tu aches que para "puderes estacionar onde não podes" tu aches que vale tudo, tenho medo que um dia tu aches que "tens de ficar por cima", tenho medo que um dia tu aches que "és esperto", tenho medo que tu te queiras "safar".
tenho medo mesmo.

Mesmo que eu chore porque é injusto o que vivo neste momento, este momento não é quem eu sou não me define. O que me define é o meu caracter e nesse a lei dos homens e de Deus a moral é para cumprir.
Pagar o que se deve, não prejudicar o proximo, trabalhar com verdade e honestidade e não querer "levar vantagem".

Mesmo que eu chore.


Amo-te infinitamente

Tua mãe

1052 - Carta a um filho de um pai (que não sou eu mas podia ser)

 Meu muito amado filho Estevão  Hoje do escritor Pedro Chagas Freitas [carta ao meu filho] Promete-me. Promete-me que vais tentar. Que vais ...