quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

472 - A lição mais importante da vida

Meu muito amado filho Estêvão


"A lição mais importante da minha vida.
A minha mãe ensinou-me a lição mais importante da minha vida, mas é uma lição que eu preferiria ter aprendido por outra pessoa qualquer.
Ruth Goodkind Zimler nasceu em Brooklyn, em Outubro de 1916. Estudou em Nova Iorque em escolas públicas e depois foi para o Brooklyn College aprender Bioquímica. Lembro-me que os seus olhos brilhavam de contentamento sempre que falava de química orgânica, que ela descrevia como a língua mais bonita que conhecia. Ela também devorava romances e poesia. Goethe, Proust, William Faulkner e Henry Miller eram alguns dos autores que ela adorava.
Depois de acabar o mestrado em Bioquímica, a minha mãe começou a trabalhar num laboratório em Manhattan onde os investigadores estavam a estudar a tuberculose. Em todos os aspectos, ela era uma jovem investigadora excelente, tão respeitada que foi convidada para dar aulas aos alunos de Medicina na Universidade de George Washington quando os meus pais se mudaram para Washington DC durante a Segunda Guerra Mundial.
O seu período de independência e realização pessoal chegou, contudo, ao fim, quando ela casou com o meu pai, em 1942. A minha mãe costumava dizer-me que o meu pai era muito respeitador e divertido – um bom amigo – enquanto eles namoraram, mas no momento em que começaram a viver juntos, ele passou a ser um dominador e brutalmente autoritário.
Mas pior do que tudo isso, ele não queria que ela trabalhasse. Estávamos nos anos 40, numa altura em que as mulheres obedeciam aos maridos e às regras duma sociedade dominada pelos homens. Ela deixou de trabalhar. Esse foi o grande erro da sua vida – na realidade, uma tragédia.
Michael, o meu irmão mais velho, nasceu em Fevereiro de 1946. Pouco depois, a minha mãe considerou a hipótese de deixar o seu casamento falhado, mas não tinha recursos económicos para criar o Michael sozinha. Mas talvez pior do que isso, o meu pai já tinha esmagado a auto-confiança dela. Por isso ela ficou encurralada em casa como numa prisão em que o guarda era o próprio marido, que ela temia.
Confinada a uma vida que não desejava, a minha mãe começou a ficar muito deprimida e mais tarde, agorofóbica. As minhas fotografias com ela dessa altura mostram uma mulher que perdeu toda a esperança.
Ela continuou profundamente deprimida até aos seus 60 anos, quando a sua relação com o meu pai começou, lentamente, a melhorar. Nessa altura ele sofreu um ataque cardíaco e perdeu o seu temperamento violento. O meu pai morreu quando a minha mãe já tinha 74 anos. Ela renasceu uns bons anos, em grande parte porque foi obrigada a voltar a ter um papel activo no mundo. Mesmo assim, sempre que falávamos no passado, era sempre com amargura. Notava-se no seu tom de voz que era uma mulher cuja vida não vivida era maior do que a que realmente teve.
Por isso, foi com ela que aprendi uma lição, sem que fosse preciso ensinar-me ou dizer-me, ou fazer o que quer que fosse. Ela acabou por me ensinar uma coisa muito importante para as mulheres, mesmo nestes tempos aparentemente tão avançados e progressistas: sigam as vossas paixões e façam o que vos dê prazer e realização. Se um marido, um namorado ou uma namorada tentarem afastar-vos daquilo que gostam, libertem-se deles o mais depressa possível.
Abram uma conta vossa no banco. Nunca desistam! Façam tudo o que puderem para não olharem para o passado na velhice sabendo que não foram a pessoa que era suposto terem sido."
By: Richard

Lindo não é? Vem de dentro não sentes?
Eu vivi com um homem que me fez tambem tambem sentir anulada... dizia-me que eu vivia no luxo... eu que me sustento desde antes do final da faculdade.... dizia que quando se fosse embora ninguém me queria... ahaahhahahah... quando se foi embora e me deixou sozinha contigo meu filho eu achei que não ia conseguir organizar a minha vida sem o teu  pai.... chorei uns dias de como ia fazer tudo sozinha..... sem perceber que sozinha já eu estava à anos com a diferença que o sustentava e quando ele se foi embora eu fiquei sozinha contigo mas floresci de novo a quem eu sou... quem eu sempre fui .... quem era a pessoa que sou.

 Mesmo que, às vezes, nos tentem convencer do contrário:
- aquilo que pensam de nós não define quem somos.
- o que nos edifica é teimar todos os dias em aprender a ser feliz.
- passar a vez é garantia de uma vida inteira a matutar nos "e se..."
- há sempre um lugar e um alguém onde somos esperados.
- não ter medo do que ainda pode ser.
- deixar de fazer sentido, pode ser O sentido.
By: Ás nove no meu blog

Exercício para todos os dias:
- não me esforçar para ser melhor do que ninguém, mas para ser melhor (pessoa) do que era ontem.
- acreditar que é nas pequenas batalhas da vida que me torno mais forte.
- praticar, sempre, o bem-me-quero.
- perceber que tudo dá certo até onde tem que dar.
- saber que sou responsável pelo que digo, mas não pelo que os outros entendem.
- aceitar que algumas coisas acabam para que outras melhores possam começar.
By: Ás nove no meu blog

Partilho contigo algumas perguntas que podem inspirar o teu dia.
Quanto tempo do meu dia vou investir com pessoas e em conversas que não adicionam valor?
O que vou ler hoje que me vai alimentar a alma?
Que música vou ouvir hoje que me vai tranquilizar?
O que vou comer hoje que me vai energizar?
Quanto tempo vou praticar hoje o meu talento?
O que vou fazer hoje que poderá fazer a diferença na vida de alguém?
Quanto tempo do meu dia vou investir em aprender com pessoas que me inspiram?
O teu dia é a tua vida em ponto pequeno. Vive-o.
By: Mario Caetano

Amo-te infinitamente


Tua mãe

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