428 - A vida e os jogos de computador, açucar, viagens e partidas da vida

Meu muito amado filho Estêvão

"A vida é como se fosse um jogo de computador.
Quando estamos prontos aparecem mais mouros com espadas ameaçadoras e mais passagens com dentes de lâminas. A escolha? É nossa:

1 - decidimos continuar no nível que já conhecemos, sem avançar. Estagnados numa qualquer zona de segurança - pode ser desconfortável, mas ''ao menos conheço isto'', dizemos, enganando-nos a nós próprios. Imaginamos como seria o nível seguinte, mas não passa disso: de um sonho imaginado.

2 - decidimos corajosamente passar ao nível seguinte e, nesse caso, enfrentamos os mouros e as lâminas. Entramos em zonas desconhecidas de desconforto, abraçamos a mudança. E vencemos. E celebramos essa vitória e cada vez nos sentimos mais perto de quem verdadeiramente somos.

Até que lá virá o dia em que seremos desafiados para, uma e outra vez, passarmos ao nível seguinte e continuarmos a avançar, na descoberta da nossa melhor versão de nós mesmos.

Quando os dias nos lançam um desafio, é porque estamos preparados. O que fazemos com isso, é nossa decisão.

E tu? Que decides tu fazer?"

By: Angela Baptista

"Dizem que um certo dia uma Mãe esperou horas a fio numa fila, para conseguir falar com Ghandi.
Queria pedir-lhe que lhe dissesse como poderia fazer para que o seu Filho parasse de comer açúcar pois que lhe fazia mal.
Quando finalmente chegou a sua vez, disse-lhe :

- Mestre, preciso que me ensine como vou fazer para que o meu Filho deixe de comer açúcar.
- Muito bem. Volta daqui a duas semanas.

Passadas duas semanas e mais umas valentes horas na fila, a Mãe voltou com o seu Filho.

- Mestre, como vou fazer para o meu Filho deixar de comer açucar ?
Ghandi olhou para a criança e disse :
Volta para casa e não comas mais açúcar.
A Mãe indignada, depois de tantas horas na fila perguntou :
- Mas só isso ?!?! Mas se era só isso, porque não o disse há duas semanas atrás ?!?!
- Porque há duas semanas eu comia açúcar.

Esta pequena história está sempre presente na minha memória em tudo o que faço. Preocupo-me muito em ser coerente pois como este mesmo Filósofo nos ensinou também, " A Felicidade acontece quando existe harmonia entre o que pensas, o que falas e o que fazes"..."

By: Aprendices da Nono

"A vida prega-nos algumas partidas e, quando menos contamos, o inesperado acontece. 
Nem sempre tudo é perfeito (a verdade é que raramente o é), e como Seres Humanos, queremos logo entender o que está a acontecer, racionalizar o que deve apenas ser sentido, enquadrar no nosso mapa de valores do “certo” e do “errado”, tomar uma qualquer decisão, partilhar com algum(a) amigo(a) na esperança de uma opinião que nos guie (mas que seguramente não seguiremos)…
Para quê estragar essa magia?
Não precisa entender já, não precisa racionalizar já, não precisa enquadrar já (pois ainda nem sequer entendeu), não precisa tomar decisão nenhuma já, não precisa de se confundir perguntando a outra pessoa que não sente o seu coração.
A vida vai encarregar-se de lhe clarificar o que precisar ser clarificado no momento certo. Há momentos em que não devemos agir, apenas deixar fluir acreditando que o que tiver de ser seu encontrará uma forma de chegar até si!"

By: Susana Areal

"A viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores. Regressamos a nós, não a um lugar."

By: Mia Couto

“Na vida real não é assim”, ouço e leio muitas vezes esta expressão. O que é a vida real? A que vive dentro de nós, ou a que vive fora? E quem determina a forma como vemos dentro de nós, e a forma como vemos fora? A vida é só uma, sendo diferente para cada um de nós, pela interpretação que damos às situações, acontecimentos e vivências. A vida real, é aquela que fazemos todos os dias. Desafiante e com obstáculos para todos. A vida real somos nós. Se gostamos de determinada teoria, se assim lhe quisermos chamar, só temos de ter a determinação, a vontade e o trabalho para que a vida real seja aquela que conseguimos conscientemente construir em função do que queremos verdadeiramente viver, sem desculpas, porque as principais vítimas das desculpas, somos nós."

By: Diana Gaspar Duarte