quinta-feira, 19 de junho de 2014

401 - Passado, apanhar por tabela e carros arrumados

Meu muito amado filho

"Um dia, enquanto estava deitada numa marquesa de massagens numa sala escura e silenciosa, à espera de ser atendida, uma onde de saudade unundou-me. Certifiquei-me de que não estava a sonhar e vi que estava tão longe de um estado de sonho tanto quanto possível.
Cada pensamento que tinha era como uma gota de água a perturbar um lago tranquilo e maravilhava-me com a tranquilidade de cada momento que passava.
De repente o rosto da minha mãe apareceu - a minha mãe, como fora, antes da doença de Alzheimer a ter despojado da razão, da sua humanidade e de 30 quilos. O magnífico cabelo prateado coroava-lhe o doce rosto. Estava tão real e tão próxima que senti que podia estender o braço e tocar-lhe. Até sentia o aroma de Joy, o seu perfume preferido. Parecia estar à espera e não falou.
Eu disse:
- Oh, mãe, lamento tanto que tenhas sofrido com aquela horrível doença.
Ela inlcinou a cabeça para um lado como se quisesse agradecer o que eu dissera sobre o sofrimento. Depois sorriu com um lindo sorriso, e disse claramente.
-Mas só me lembro do amor. - E desapareceu.
Comecei a tiritar numa sala que, de repente, ficou fria e sabia no fundo de mim que o que interessa é o amor que damos e recebemos e é isso que é recordado. O sofrimento desaparece, o amor permanece.
As suas palavras são as mais importantes que jamais ouvi e esse momento está gravado no meu coração."
By: Bobbie Probstein

A memória é mais indelével do que a tinta
By: Anita Loos


"Apanhar por tabela!" Esta expressão é interessante e faz pensar. Há sempre efeitos secundários, e quando tomamos remédios queremos saber quais são. Mas na vida, com o que dizemos e fazemos, podemos esquecer os efeitos negativos que isso possa ter em terceiros. Há muito sofrimento por coisas com que não se teve nada a ver, mas de que, por tabela, se foi vítima. Na família, no emprego, na sociedade há muita gente a apanhar por tabela."
by: Vasco P. Magalhães, sj
NÃO HÁ SOLUÇÕES, HÁ CAMINHOS
365 vezes por ano não perguntes porquê, mas para quê

"Sou mãe. E hoje o meu filho no trajecto para a escola disse-me: mãe, tens de arrumar o teu carro como arrumo os meus brinquedos. Só tive coragem de lhe dizer: tens razão. 
E dei por mim a pensar o resto do dia, naquilo que exigimos aos nossos filhos e que não exigimos a nós mesmos. Não que exigir seja mau, antes pelo contrário. Somos nós pais e educadores os responsáveis pelo incremento de regras e orientações fundamentais para o seu crescimento. Exigimos tantas coisas aos nossos filhos e às vezes tão pouco de nós enquanto pais.
Exigimos que não berrem e somos por vezes os primeiros a berrar.
Exigimos que sejam excelentes alunos e às vezes esquecemos de ser excelentes no que fazemos.
Exigimos que nos compreendam, mas não fazemos o mesmo esforço para os compreendermos às vezes.
Exigimos que se portem como adultos e às vezes fazemos nós birras como crianças.
Exigimos que lutem por algo, quando lhes damos tudo de mão beijada.
Exigimos que tracem objectivos, e não lhes damos objectivos para atingirem.
Exigimos que gostem de si, não lhes dizendo as vezes suficientes o que fazem de bem. Gostávamos que gostassem de si, quando nós pais não gostamos de nós o suficiente.
Exigimos que nos dêem um abraço, esquecendo às vezes de os abraçar.
Exigimos que tenham controlo, quando nós nos esquecemos dele, com o argumento de cansaço como se eles também não perdessem o controlo muitas vezes pelo mesmo motivos: cansaço.
Exigimos que saibam falar, quando às vezes pouco falamos com eles.
Exigimos que cumpram regras quando por vezes não as escalaremos.
Os nossos filhos precisam de modelos para crescer.
E esses modelos, somos nós: Olha para o que eu faço e faz como eu faço."
By: Diana Gaspar Duarte




Amo-te infinitamente

Tua mãe

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